Tulsi: benefícios, posologia, contraindicações

Adaptogénico

O tulsi, reconhecido pelas suas propriedades adaptogénicas, ajuda a regular o stresse e a fadiga. Atua ao normalizar alterações fisiológicas e bioquímicas relacionadas com o stresse, como a lipoperoxidação e os níveis de ácido láctico, graças a compostos ativos como ocimumoside A e B. Esses compostos influenciam favoravelmente os sistemas monoaminérgicos ao modular a atividade de neurotransmissores como a noradrenalina, a adrenalina, a dopamina e a serotonina, contribuindo assim para uma melhor gestão do stresse e da ansiedade. Os estudos mostram que o tulsi pode melhorar a resistência ao stresse crónico e à fadiga ajustando também as respostas imunitárias e reduzindo a oxidação, ao mesmo tempo que normaliza os níveis de corticosterona. Esses efeitos são comparáveis aos de medicamentos convencionais antiestresse e antioxidantes, demonstrando a eficácia potencial do tulsi em contextos terapêuticos variados.

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Anti-inflamatório

O tulsi é reconhecido pelas suas propriedades anti-inflamatórias tanto em modelos de inflamação aguda como crónica em animais. Várias formas do extrato de tulsi, como folhas frescas, óleo essencial e extratos etanólicos dos tecidos das folhas, mostram efeitos anti-inflamatórios significativos. Esses efeitos são atribuídos a componentes como o eugenol e o ácido linoleico, que inibem as vias metabólicas do araquidonato envolvendo as enzimas ciclooxigenase e lipooxigenase. Estes componentes também reduzem a migração de leucócitos e a permeabilidade vascular, efeitos comparáveis aos de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides, como o ibuprofeno e a aspirina.

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Antioxidante

As propriedades antioxidantes do tulsi são principalmente devidas à presença de compostos fenólicos, tais como o eugenol, a luteolina e a apigenina. Esses antioxidantes combatem eficazmente os radicais livres, protegendo contra a peroxidação lipídica e aumentando as defesas antioxidantes internas, como a glutationa e várias enzimas, como a superóxido dismutase e a catalase. Os extratos de tulsi também demonstraram a sua capacidade de reduzir os danos oxidativos em diversos modelos de stress, apoiando assim o seu papel protetor na prevenção de doenças neurodegenerativas e cardíacas. Note-se que o tulsi vermelho apresenta um teor de antioxidantes mais elevado do que o tulsi branco.

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Ansiolítico

O tulsi tem sido estudado pelos seus efeitos ansiolíticos comparáveis aos de medicamentos convencionais, graças ao ácido ursólico presente nas suas folhas. Em modelos animais de depressão, o tulsi demonstrou atividades antidepressivas semelhantes às da imipramina, uma referência entre os antidepressivos. Os extratos de tulsi também atuam sobre os neurónios dopaminérgicos, o que pode explicar a sua capacidade de melhorar o humor e reduzir a depressão. Um estudo em humanos mostrou que a administração de 500 mg de tulsi duas vezes por dia atenuou significativamente os sintomas de ansiedade generalizada, bem como o stress e a depressão associados, em pacientes psiquiátricos.

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Hepatoprotetor

Os extratos de tulsi mostram efeitos protetores contra diversas substâncias tóxicas em numerosos modelos in vitro e in vivo. Esses efeitos hepatoprotetores são principalmente atribuídos à capacidade antioxidante do tulsi. Os extratos aquosos de tulsi reduzem significativamente a peroxidação lipídica e modulam os níveis de antioxidantes enzimáticos e não enzimáticos afetados por compostos tóxicos, tais como o butilparabeno. nnO Tulsi também ajuda a restaurar os desequilíbrios endócrinos e histopatológicos induzidos por pesticidas comuns e protege contra a toxicidade de vários produtos químicos, incluindo fármacos como o paracetamol. Melhora a proteção hepática, nomeadamente quando é usado em combinação com a silimarina, outro princípio activo natural hepatoprotetor.nn

Anticancerígeno

As propriedades anticancerígenas do tulsi são principalmente atribuídas aos seus efeitos antioxidantes e à sua capacidade de modular as enzimas de desintoxicação. Estudos mostraram que o tulsi pode reduzir a incidência de neoplasias e carcinomas em diversos modelos animais, ao aumentar a atividade das enzimas que desintoxicam os carcinogénios, tais como o citocromo P450 e a glutationa S-transferase. Além disso, o tulsi é capaz de reduzir a peroxidação lipídica e aumentar os níveis de glutationa, contribuindo assim para a proteção contra danos genéticos e oxidação. O tulsi atua também inibindo a atividade proliferativa e induzindo a apoptose nas células cancerígenas. Por fim, estudos in vitro demonstraram que os extratos das folhas de tulsi podiam reduzir a formação do aduto DMBA-ADN (fixação de um composto químico no ADN) em hepatócitos de rato, o que é um indicador da redução do potencial carcinogénico.

Metabolismo hormonal

O extrato de folha de tulsi mostrou efeitos no controlo glicémico, na função da tiróide e na produção de androgénios. Estudos preliminares em animais e em humanos sugerem que o extrato de folha de tulsi possui atividade hipoglicemiante, melhorando a função das células beta e estimulando a secreção de insulina. Parece também que o tulsi aumenta a atividade de enzimas essenciais ao metabolismo dos hidratos de carbono. No que diz respeito à tiróide, uma dose elevada deste extrato diminuiu as concentrações de tiroxina (T4) sem afetar os níveis de triiodotironina (T3) ou a razão T3/T4. Além disso, estudos em animais indicam que o tulsi pode reduzir a quantidade e a motilidade dos espermatozoides, influenciando assim a fertilidade, embora esses parâmetros voltem ao normal duas semanas após a interrupção do tratamento.

Cardiovasculares

O tulsi exerce efeitos benéficos na saúde cardiovascular de várias maneiras. O óleo de sementes de tulsi prolonga o tempo de sangramento, provavelmente graças à sua ação inibidora na agregação plaquetária. Esta atividade é atribuída ao ácido linolênico presente no óleo, que pode ser convertido em ácido eicosapentaenoico (EPA). O EPA tem a capacidade de inibir a tromboxano A2, reduzindo assim a agregação plaquetária e favorecendo potencialmente uma melhor fluidez do sangue. Além disso, o óleo de sementes de tulsi pode também ter um efeito hipotensor, atribuído aos seus efeitos vasodilatadores observados em modelos animais. Estas propriedades sugerem que o tulsi poderá desempenhar um papel benéfico na gestão da tensão arterial e na prevenção de complicações cardíacas associadas à hipertensão e à agregação plaquetária excessiva.

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Imunomodulador

O óleo de semente de tulsi mostra uma capacidade notável de modular a imunidade, tanto humoral como celular. Em animais, aumenta as respostas imunitárias ao melhorar a produção de anticorpos e ao reduzir a libertação de histamina pelos mastócitos, indicando um impacto positivo nas respostas imunitárias humorais. Os efeitos imunomoduladores do tulsi também são observados no ser humano. Um estudo controlado mostrou que o extrato etanólico das folhas de tulsi aumenta significativamente os níveis de citocinas importantes como o interferão-γ e a interleucina-4, assim como as células T auxiliares e as células NK.

Função cognitiva

O tulsi, também conhecido como manjericão-sagrado, demonstra uma capacidade notável para melhorar a cognição. Em modelos de doença de Alzheimer em ratos, melhora a memória de referência, a memória de trabalho, a aprendizagem espacial e a atividade antioxidante. Extratos de tulsi também demonstraram efeitos benéficos na melhoria da memória em ratos submetidos a stress que provocam défices de memória. Reduzem a atividade da acetilcolinesterase, o que é benéfico para melhorar tarefas de memória passiva. Numa experiência em camundongos, o tulsi mostrou efeitos antiamnésicos, ajudando a atenuar os efeitos amnésicos da escopolamina e os défices de memória induzidos pelo envelhecimento.

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