O que é o psyllium ?
O psyllium loiro, também chamado « plântago-das-Índias », é uma planta cujas sementes são comestíveis. Cada uma delas é protegida por um envoltório ou tegumento, essencialmente composto por mucilagem.
Esta substância viscosa contém uma grande quantidade de fibras e proteínas. É ela que confere ao psyllium os seus efeitos benéficos no sistema digestivo.
Durante a digestão, as suas fibras solúveis são capazes de absorver a água dos alimentos. Elas transformam-se num gel que facilita o trânsito e melhora a consistência das fezes.
Assim, o psyllium é interessante para aliviar a obstipação, mas também a diarreia, a colite ulcerosa e a síndrome do intestino irritável.
As suas fibras possuem também propriedades prebióticas. Benéficas para o microbiota, elas contribuem para o crescimento de uma flora saudável e equilibrada.
Como mostra este estudo, a ingestão de psyllium melhora a composição do microbiota ao aumentar as populações de bactérias benéficas.
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O psyllium não apresenta perigo. Apesar disso, existem contraindicações e o seu consumo é desaconselhado em certas pessoas. Também pode provocar efeitos indesejáveis.
Em que casos é contra-indicado ?
Em caso de obstrução gastrointestinal
As pessoas que sofrem de uma obstrução gastrointestinal devem evitar consumi-lo. De facto, as fibras solúveis aumentam o tamanho e o volume das fezes. Podem assim agravar a obstrução.
Pela mesma razão, o psyllium é desaconselhado em caso de fecaloma, de estenose gastrointestinal (estreitamento do intestino) ou do cólon.
Em caso de carências alimentares
Se sofre de carências alimentares, evite consumir psyllium. De facto, pode reduzir a absorção de certas vitaminas e minerais como o zinco, o ferro, o cálcio, o magnésio e a vitamina B12.
Em pessoas diabéticas
Neste caso, não representa um perigo real. É até interessante para regular a glicémia, como mostra este estudo.
No entanto, a toma regular de psyllium requer um ajuste do tratamento antidiabético. De facto, pode reduzir a absorção dos medicamentos hipoglicemiantes. É portanto importante ser acompanhado por um médico que, se necessário, reajustará a posologia dos medicamentos.
Por fim, é preferível consumir o psyllium fora das tomadas de medicamentos, mais de 2 horas antes ou depois.
Quais são os seus efeitos indesejados ?
Principais efeitos indesejados
O psyllium é geralmente bem tolerado pelo organismo. Apesar disso, é possível sentir efeitos indesejáveis:
- inchaço
- flatulências
- problemas intestinais
Estes sintomas surgem no início da toma. São na maioria das vezes passageiros e acabam por desaparecer. Se tal não acontecer, deve reduzir as doses ou deixar de tomar.
Embora sejam raros, também existem casos de alergia ao psyllium. Isso manifesta-se por dificuldade respiratória, vómitos, erupção cutânea ou inchaço após a toma. Nesse caso, interrompa o consumo e consulte um médico.
Precauções de utilização
Durante toda a duração da toma de psyllium, esteja atento ao seu corpo. Comece por pequenas doses e aumente progressivamente em função da sua tolerância digestiva.
O psyllium não deve ser consumido durante um período demasiado longo: 10 dias no máximo.
Pense também em manter-se bem hidratado. Beba muita água (1,5 a 2 L/dia) para evitar qualquer risco de obstrução do trato digestivo.
