Reishi: benefícios, posologia, contraindicações

Anticancerígeno

O reishi, um fungo com propriedades anticancerígenas, atua graças aos seus constituintes, nomeadamente os polissacarídeos e os triterpenóides. Entre estes, o ganoderol B destaca-se pela sua ação específica nos recetores de androgénios e pela inibição da enzima 5α-redutase, desempenhando um papel-chave no combate ao cancro da próstata. Um tipo específico de polissacarídeo, a fracção polissacarídica F3, também foi identificado pelos seus efeitos benéficos. Esta fracção estimula a produção de citocinas importantes como a IL-1, a IL-6, a IL-12, o IFN-γ, o TNF-α e os fatores estimuladores de colónias, reforçando assim a imunidade inata e adaptativa. Para além de inibir a proliferação das células tumorais, a F3 melhora a resposta imunitária do organismo, contribuindo para uma defesa acrescida contra o desenvolvimento do cancro.

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Imuno-modulador

O reishi influencia a imunidade ao reduzir a proliferação das células imunitárias e ao melhorar a sua resposta. O composto LZ-8 do reishi reduz a resposta imunitária aos antigénios, enquanto os seus extratos aumentam o número de linfócitos T no ser humano. Os seus polissacarídeos estimulam a produção de citocinas importantes, reforçando assim a luta contra o cancro. Os triterpenóides do reishi também têm efeitos benéficos na imunidade e podem ajudar a combater os tumores.

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Antioxidante

Acredita-se que vários constituintes são responsáveis pelas propriedades antioxidantes do fungo reishi. Tratam-se, nomeadamente, dos polissacarídeos, dos complexos polissacarídeo-peptídeo, dos triterpenóides e dos polifenóis. Os peptídeos do fungo reishi aparentam ser os constituintes antioxidantes mais potentes.

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Hepatoprotetor

Uma fracção éter de um extrato do cogumelo reishi parece inibir a β-glucuronidase e proteger contra lesões hepáticas causadas pelo tetracloreto de carbono. O constituinte activo poderia ser o ácido ganodérico A. Num modelo animal cirrótico, os polissacarídeos isolados do cogumelo reishi diminuíram os níveis de enzimas hepáticas no sangue, sugerindo efeitos hepatoprotetores. No entanto, efeitos hepatotóxicos do pó de cogumelo reishi foram relatados em dois relatos de casos.nn

Antienvelhecimento

O reishi é reconhecido como um cogumelo medicinal há mais de 2000 anos, e os seus efeitos potentes foram documentados em escritos antigos.nnNo suplemento ao Clássico da Matéria Médica (502–536 d.C.) e no Ben Cao Gang Mu, por Li Shizhen, que é considerada a primeira farmacopéia da China (1590 d.C.; dinastia Ming), o cogumelo foi atribuído a propriedades terapêuticas, tais como efeitos tonificantes, melhoria da energia vital, reforço da função cardíaca, aumento da memória e efeitos antienvelhecimento.nn

Antiviral

Inibidores de protease e outras substâncias anti‑VIH foram encontrados nos cogumelos reishi. De facto, alguns triterpenos de G. lucidum foram relatados como tendo um efeito inibitório sobre a atividade da protease do vírus da imunodeficiência humana (VIH)-1. Noutro estudo, um ácido ganodérico isolado de G. lucidum mostrou efeitos inibitórios na replicação do vírus da hepatite B (VHB). Estes compostos não foram estudados em humanos com VIH/SIDA. Por outro lado, polissacáridos ligados a proteínas, isolados do reishi, inibem os vírus do herpes simplex em estudos de laboratório, provavelmente impedindo a fixação e a penetração nas células. Triterpenoides, incluindo os ácidos lucídico e ganodérico, também inibiram a indução do antigénio precoce do vírus de Epstein-Barr in vitro.

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Hipotensor

Os constituintes do reishi podem afetar a pressão arterial. Em modelos animais, um extrato aquoso do cogumelo reishi parece diminuir a pressão arterial sistólica e diastólica. Pensa-se que diminui a pressão arterial por inibir a atividade nervosa simpática. Outro mecanismo possível é a inibição da enzima de conversão da angiotensina pelos terpenoides que o compõem. No entanto, o efeito hipotensor do cogumelo reishi no ser humano é inconsistente.

Hipoglicemiante

Pesquisas em animais indicam que o reishi (G. lucidum) pode baixar o nível de glicose no sangue graças a substâncias como os ganoderanos A e B. Esses compostos reduzem significativamente a glicose em ratos, tanto diabéticos como não diabéticos, e esse efeito mantém-se durante 24 horas. Eles também aumentam a insulina e ajustam o metabolismo da glicose no fígado. No ser humano, um estudo revelou que os polissacarídeos do reishi reduzem a hemoglobina glicada e os níveis de glicose, mostrando assim um potencial benéfico para a regulação da glicose. No entanto, essas conclusões provêm sobretudo de estudos em animais, e são necessárias pesquisas clínicas mais aprofundadas em humanos para confirmar esses efeitos.

Antibacteriano

Recentemente, estudos demonstraram que G. lucidum contém constituintes antibacterianos capazes de inibir bactérias Gram-positivas e/ou Gram-negativas. O extrato aquoso dos carpóforos de G. lucidum inibiu 15 tipos de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. Outros estudos indicam que as combinações antimicrobianas do extrato de G. lucidum com quatro antibióticos (ampicilina, cefazolina, oxitetraciclina e cloranfenicol) resultaram em efeitos aditivos na maioria dos casos: sinergia em dois casos quando combinado com a cefazolina contra Bacillus subtilis e Klebsiella oxytoca, e antagonismo em dois casos.